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Ciclovia Temporária Av. 9 de Julho

Jundiaí

Ugpuma

Resumo

A proposta do projeto é implantar ciclovias temporárias no município (https://itdpbrasil.org/colabora-em-tempos-de-pandemia-prioridade-para-as-bicicletas/) iniciando pela Av. 9 de Julho, presente no Plano Cicloviário Municipal, a fim de testar e estimular o modal como possibilidade de locomoção, diminuindo o trânsito e fatalidades no trânsito bem como reduzir as emissões de CO2. A proposta é temporária para que não seja necessário empenhar altos valores na execução de uma infraestrutura permanente sem que haja a apropriação das pessoas, visto que para tal intervenção será suprimida uma faixa do leito carroçavel e/ou uma faixa de estacionamento.

O projeto prevê medições, antes, durante e depois, além de pesquisas qualitativas a fim de garantir com mais assertividade futuros investimentos na infraestrutura permanente. E após testar a Avenida 9 de Julho, a intenção é a médio prazo, aplicar a técnica em outras vias do munícipio reaproveitando os mesmos recursos físicos para implementar o Plano Cicloviário Municipal.

https://docs.google.com/presentation/d/1-VxqOLo8EUK6-fQ8lI0ID4XlW7AgbDCtllu7iHZuKIQ/edit?usp=sharing

Experiência

Nos últimos anos Jundiaí esteve presente na lista dos municípios com mais mortes no trânsito do Estado de São Paulo. É comum justificar que tais números se devem ao fato de ser um município com muitas rodovias em seu território (classificadas pelo Plano Diretor como Vias de Desenvolvimento Regional): Rodovia Anhanguera, Rodovia Bandeirantes, Rodovia Vereador Geraldo Dias, Rodovia João Cereser, Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, entre outras, caracterizando a cidade como referência de conexão entre as Regiões Metropolitanas de Campinas e São Paulo e, de fato, a existência da malha rodoviária impacta diretamente na dinâmica do trânsito e de mobilidade mas não é o único fator que eleva os dados de mortalidade.
https://www.jj.com.br/policia/jundiai-e-a-cidade-com-mais-mortes-no-transito-do-estado/index.html

Conforme as estatísticas passaram a ser noticiadas, muitas ações municipais foram reestruturadas, como campanhas educativas a fim de tentar diminuir as taxas altas, porém, essas ações já não se mostram suficientes na dinâmica atual e necessitam de medidas estruturais (culturalmente e fisicamente) que visam impacto a médio e longo prazo, invertendo a lógica da priorização do automóvel. Ao olhar os dados, (InfoSiga) notamos que há, sim, acidentes distribuídos em quantidades significativas ao longo das Vias de Desenvolvimento Regional, suas Marginais e conexões destas com a malha viária local, porém há também uma quantidade significativa de atropelamentos, colisões e fatalidades distribuídos dentro da malha urbana e rural do município em regiões consolidadas, como em travessias, meio de quadras e cruzamentos...
Esses dados refletem a cultura global, de décadas, da priorização do veículo individual motorizado como mobilidade restrita, a qual fez e faz com que o desenho da malha viária priorize o leito carroçável largo e sem obstáculos de velocidade, as calçadas estreitas e/ ou inexistentes, poucas ciclovias e ciclofaixas implantadas e que não possuem conexão entre si, além de uma visão da utilização do transporte público como alternativa precária aos munícipes.

Atualmente, o município segue com altas taxas de ocorrências de trânsito nos últimos 3 meses, impactando diretamente no Sistema Público de Saúde, que já está sofrendo com a Pandemia Covid-19. https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2021/04/07/regiao-de-jundiai-registra-aumento-nos-acidentes-de-transito.ghtml

A UGPUMA (Unidade de Gestão Planejamento Urbano e Meio Ambiente) é responsável pela elaboração do Plano Diretor Municipal, no qual estabeleceu o Plano Cicloviário Municipal que indica as vias prioritárias para a rede ciclável e no momento possui contratado projetos executivos e execução de algumas das ciclovias previstas, com a visão de equalizar os modais de transporte incentivando o uso de uma mobilidade sustentável. Atualmente o município está desenvolvendo o Plano de Mobilidade – previsto para 2022, junto com a UG de Mobilidade e Transporte, com a visão de promover alternativas de mobilidade à cidade que não seja o transporte motorizado individual e priorizando o transporte coletivo com a previsão de mudança de frota para a elétrica.
Jundiaí entrou recentemente para a Rede de Ruas Completas https://wribrasil.org.br/pt/o-que-fazemos/projetos/rede-ruas-completas-sp com o intuito de reduzir a mortalidade no trânsito e fortalecer a mudança de cultura e comportamento de mobilidade na cidade, através do aumento da infraestrutura de mobilidade ativa.

Público Alvo

De acordo com informações da empresa Logit, contratada pela Prefeitura para assessorar a elaboração do Plano de Mobilidade, 24,5% das viagens do município são realizadas por modo não-motorizado e 75,5% motorizado, segundo o Relatório OD - Pesquisa Origem-Destino 2017.

De forma mais detalhada, a pesquisa OD de 2014 aponta:

Condutor Automóvel - 421.622 viagens - 24,8%
A pé - 380.550 viagens - 22,4%
Ônibus Municipal - 284.268 viagens - 14,6%
Passageiro Automóvel - 174.464 viagens - 10,3%
Ônibus Fretado - 128.895 viagens - 7,6%
Transporte Escolar - 108.001 viagens - 6,4%
Ônibus Intermunicipal - 91.767 viagens - 5,4%
Moto - 69.960 viagens - 4,1%
Bicicleta - 24.331 viagens - 1,4%
Trem - 17.152 viagens - 1,0%
Taxi - 7.379 viagens - 0,4%
Outros - 7.200 viagens - 0,4%

Entendemos que o público beneficiado serão aqueles que já utilizam a bicicleta e/ou meio de transporte não motorizado como meio de locomoção e lazer, mas principalmente atenderá aqueles que não utilizam pela ausência de infraestrutura ciclável. Sabemos também que globalmente a procura por alternativas seguras e sustentáveis de locomoção aumentou significativamente na pandemia e que tal impacto poderá ser incorporado no projeto.

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