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Emenda de Marina Helou viabiliza dados inéditos de desmatamento em áreas de mananciais de SP

O relatório De Olho nos Mananciais Paulistas mostra dados inéditos sobre o desmatamento em cada um dos sete territórios dos sistemas de abastecimento de água da macrometrópole paulista do estado de São Paulo: Cantareira, Paraíba do Sul, Alto Tietê, Guarapiranga Billings, Alto Cotia, Itupararanga e Piracicaba-Capivari-Jundiaí.


O projeto intitulado “Monitoramento e geração de alertas de desmatamento nos mananciais da Macrometrópole Paulista” é uma realização do Instituto Democracia e Sustentabilidade, viabilizado a partir da emenda parlamentar da Deputada Marina Helou no valor de R$250 mil e realizado em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL).

O projeto começou no segundo semestre de 2022 e está em desenvolvimento. Ele terá o mesmo modelo de monitoramento que o INPE promove na Amazônia, utilizando as bases e as imagens de satélite do projeto MapBiomas. O objetivo é monitorar o desmatamento irregular, ajudando a preservar as áreas naturais e assegurar a saúde dos rios e cursos d'água. Na prática, a ideia é melhorar a tecnologia existente e metodologia adotada pelo Poder Público estadual para reduzir o tempo de resposta dos órgãos de fiscalização ambiental.

“A água vem principalmente de regiões que têm floresta, por isso o desmatamento tem relação direta com a falta d'água. Não podemos deixar isso acontecer, precisamos combater esse desmatamento e garantir segurança hídrica para todas as pessoas. Estou muito feliz em apoiar esse projeto, mas os dados gerados são alarmantes.”, relata a deputada Marina Helou.

Deputada Marina Helou é tem o Meio Ambiente como uma de suas pautas prioritárias (Foto: Iury Carvalho)

Dados Inéditos

O primeiro relatório gerado pelo IDS em janeiro entregou dados inéditos de 2019 a agosto de 2022, voltados à proteção dos sistemas de abastecimento de água da macrometrópole paulista - que conta com 180 municípios e uma população estimada em mais de 30 milhões de habitantes, equivalente a 75% de toda população paulista.

De acordo com o documento, foram 340 alertas de desmatamento nos sete territórios dos sistemas de abastecimento de água durante 2019 até agosto de 2022. PCJ

O sistema Piracicaba-Capivari-Jundiaí (PCJ) perdeu 1.064.100 m2 de cobertura vegetal, com 53 alertas de desmatamentos identificados. Desse total, 43% do desmatamento ocorreu em áreas prioritárias para a conservação da vegetação nativa (457.700 m2) e 16% em áreas prioritárias para a restauração (175.200 m2). Foi o sistema analisado com maior área desmatada entre os sete. Guarapiranga-Billings

No sistema Guarapiranga-Billings foram registrados 36 alertas, total de 937.700 m2 de área desmatada. É o que teve a segunda maior área desmatada entre os sistemas analisados. Desse total, 773.500 m2 do desmatamento (82%) aconteceu em áreas prioritárias para a conservação da vegetação, por conta de sua importância para a produção de água.


Alto de Cotia No Sistema Alto de Cotia houve 17 alertas de desmatamento, sendo que 80% (409.900 m2) da área desmatada é prioritária para a conservação, devido sua alta relevância para a segurança hídrica.


Cantareira

No sistema Cantareira foram registrados entre 2019 a agosto de 2022 um total de 24 alertas, sendo 357.300 m2 de área desmatada. Desse total, 251.400 m2 foram em áreas prioritárias para conservação da vegetação nativa para a segurança hídrica, correspondente a 70% do total desmatado. Paraíba do Sul No sistema Paraíba do Sul foram registrados 12 alertas de desmatamento, uma área desmatada de 421.100 m2. Desse total, 382.600 m2 foram desmatados em áreas prioritárias para a conservação da vegetação nativa em prol da segurança hídrica, equivalente a 91% do total. Itupararanga No sistema Itupararanga foram registrados 24 alertas de desmatamento, um total de 446.100 m2 área desmatada. Desse total, 62% aconteceram em áreas prioritárias para a conservação (279.900 m2) e 380 m2 em áreas prioritárias para a restauração. Alto do Tietê

No sistema Alto Tietê foram identificados 5 alertas, totalizando uma perda de cobertura vegetal de 147.900 m2. Desse total, 81% aconteceu em áreas prioritárias para a conservação, relevantes para a produção de água deste manancial. Entre os sete analisados, com menor área desmatada.

Ações contra o desmatamento

Após a validação dos alertas de desmatamento, as informações são enviadas aos órgãos competentes pela fiscalização ambiental no estado de São Paulo, como a Polícia Ambiental, permitindo ações em campo para comando e controle. E, na sequência, disponibilizados para acesso público no painel do projeto e na plataforma Mapbiomas Alerta.

Veja o boletim completo De Olho Nos Mananciais Paulistas.


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