Impulsione Social Media
Cruzando Histórias Associação Civil
São Paulo
Resumo
No terceiro trimestre de 2021, a força de trabalho feminina contava com 1.106 mil mulheres a menos comparado ao mesmo trimestre de 2019, ou seja, o número anterior de 47.504 mil mulheres passou para 46.398 mil, significando que uma parcela expressiva de trabalhadoras que deixou o mercado de trabalho durante a pandemia da Covid 19, ainda não havia retornado em 2021. Entre as negras, a redução da força de trabalho foi de 925 mil mulheres no mesmo período, número superior ao de não negras, que corresponde a 189 mil (DIEESE, 2022,).
Destaca-se ainda uma disparidade reproduzida em toda a estrutura de rendimentos, já que as famílias chefiadas por mulheres dispõe de rendimento inferior em cerca de 30% quando comparadas às famílias chefiadas por homens na Região Metropolitana de São Paulo (SEADE, 2020). Ainda são percebidas situações de vulnerabilidade maior em domicílios chefiados por mulheres negras em relação aos domicílios chefiados por homens brancos (IPEA 2011).
Segundo o IBGE, mulheres e pessoas pretas e pardas são as mais atingidas pela falta de emprego. A taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2022 ficou em 9,1% entre os homens e 8,9% entre as pessoas brancas, abaixo da média nacional, que ficou em 11,1%. Porém a proporção de desempregados sobe para 13,7% entre as mulheres e para 13,3% quando consideradas apenas as pessoas pretas (FREIRE, 2022).
Constata-se que essas mulheres apresentam alto grau de vulnerabilidade social e emocional, causado seja pelo sentimento de abandono, seja por situações de violência e exploração a que são acometidas, gerando casos de baixa autoestima, frustrações, medos e anseios, que são agravados quando essa mulher tem a necessidade de recomeçar e não possui um direcionamento para executar seus projetos.
Empatia e a habilidade de se identificar com o outro, neste caso, outra, sentindo o que ela sente, desejando o que ela deseja, aprendendo da maneira que ela aprende é um dos valores essenciais da Cruzando Histórias: escutar sem julgar, despertar o melhor das pessoas e ajudá-las em seu desenvolvimento.