Fundamentais na polinização de 80% das plantas da Mata Atlântica e por consequência pela sobrevivência de espécies da nossa fauna, em especial aves e mamíferos, e responsáveis pelo aumento da produtividade agrícola, o Brasil possui mais de 300 espécies de abelhas-nativas-sem-ferrão conhecidas. Apesar de sua importância econômica e ecológica para o equilíbrio do meio ambiente e segurança alimentar, esses pequenos insetos são vítimas cada vez mais frequentes de desmatamentos e queimadas, poluição atmosférica, uso excessivo de insumos químicos e até mesmo sofrem com a competição com as abelhas europeias e africanas que foram introduzidas no País.
Instituições como a ONU e FAO e, no Brasil, MMA, Embrapa e Universidade de São Paulo - USP vem demonstrando um perigoso declínio populacional mundial das abelhas nativas com consequente déficit de polinização e queda na produção de frutos e sementes, ao tempo, que pedem atenção tanto da comunidade científica quanto dos tomadores de decisão política. Propor a criação, manejo e conservação de espécies de abelhas-nativas-sem-ferrão, associados a educação ambiental e incentivos a iniciativas congêneres, como nesse projeto, pode contribuir na definição de estratégias e ações para reverter esse quadro de perigo e ameaça de extinção que paira sobre esses insetos polinizadores da vida.